sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu!

Tenho uma coisa na barriga que foi chamada de abscesso - infeccioso, medindo 9,8 cm. Vou retirá-lo em breve. Muito breve, porque isso pode causar uma infecção generalizada e um abraço pra quem fica. Mas ainda tenho muito o que fazer por aqui. Preciso de muitas pessoas e alguns precisam de mim. Tenho muito o que aprender e o que viver.

Estou triste, principalmente porque vou deixar de amamentar o meu bebê. Meu bebê Levi tem só sete meses e eu ainda tenho muito leite. Ele só tem mamado a noite, na hora de dormir, como mais um chamego, complementando e muito a alimentação que vem sendo introduzida a ele.

Hoje passei o dia no hospital e senti saudades. Imagino quando eu for realmente fazer a tal da cirurgia. E eu sinto tanta, mas tanta dor física que nem sei e tenho medo. Sou do tipo que desmaia na volta da anestesia, que chora de dor, sinto dor mesmo, não é frescura,não.

E fico pensando em como a saúde é importante. Principalmente a saúde mental, porque dela contraímos ou não todos os males. Me pego pensando e tentando ver o que fiz comigo. E eu sei bem o que fiz.

Nunca fui uma pessoa de pensar muito não. Mas de sentir. Sempre senti demais e tudo. Coisas boas e nem tão boas. Deve ser por isso que sinto tanta dor física. E andei nos últimos tempos pensando demais.

Coisas que me fizeram sofrer e que eu acredito criou essa bola de pus na minha barriga, o tal do abscesso. Agora vamos ter um trabalhão pra arrumar o estrago produzido pela minha mente. Porque o sofrimento que era só imaginação se concretizou. Então usarei todas as minhas forças, a esperança que tenho em Deus e a confiança que tenho nos médicos para tira-lo daqui e ficar tudo bem.

O que eu tenho pra fazer nesse momento é agradecer. Agradecer pela minha vida e por todas as pessoas que passam por ela.

Agradecer pela vida que tive até agora e que tenho. Pelas coisas que vivi e ainda vou viver. Pela minha alegria, pela minha fé, pelos meus amores e principalmente pelos meus dois anjos. Meus dois amores, meus dois anjos do amor, como eu gosto de dizer.

Obrigada meus filhos por terem me escolhido como mãe. Obrigada. Obrigada ISRA, por ter me permitido ama-lo. Vocês com certeza possuem a minha melhor parte. E sou imensamente feliz acordando antes da 7 pra preparar o café com vocês. Agora sinto que de verdade estamos formando uma família unida e forte.

Obrigada Emilio pelos quase 10 anos de aprendizado juntos.

Obrigada mãe por estar sempre a postos. Obrigada Helena Martins por me mostrar o amor e Geruza por me mostrar o caminho. Obrigada a todas as pessoas que estão ou que estiveram na minha vida. Daí as vezes me pergunto se mereço isso. Não sei a resposta, o que sei é que quero agradecer por quem eu sou.

Como só abri meu corpo para ter meus dois filhos, meus dois amores, estou com medo. Mas tudo vai ficar bem. Eu sei.

Até a volta.

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