quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Exemplo.

Amores, cá estamos nós, juntos. Aproveito o “ tempo” que o trabalho me deu pra ficar mais com vocês. Hoje a Ângela não veio e estou só cuidando de vocês. Cada vez mais penso que qualidade de tempo vale muito mais do que a quantidade dele. Levi tira uma soneca e Theo assiste TV, enquanto escrevo aqui ao seu lado.
Tenho tanto que aprender com vocês, sabia? Theo me surpreende com suas atitudes e palavras. Se prestássemos mais atenção às crianças, com certeza seríamos adultos mais sábios.
Crianças são sinceras, intensas, não se misturam aos sentimentos que não lhe pertencem. Vivem o que lhe cabe a cada momento.
Depois é que com o tempo vão ficando com auto criticas e se preocupando com o olhar dos outros sobre si mesmos.

Assim, deixam de serem crianças.

Theo - já te disse que eu te amo hoje?

Já, umas 5 vezes.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Enchendo a outra mão.

Theo, sua festa foi bem legal. Você estava muito feliz e orgulhoso de si mesmo. Se sentindo importante com tanta gente querida que foi te dar presentes e parabéns. Eu senti e sinto um orgulho enorme em ser sua mãe.
Acho que na sua vidinha de 6 anos com tudo o que aconteceu, só posso te dizer que você uniu mais pessoas a sua volta. Na casa do papai estava: uma parte da família da namorada/ esposa do papai, mais uma parte da família aqui do lado da mamãe, mais outra parte da família do lado do papai e uma parte dos muitos e queridos amigos que você tem. Ou seja, só unimos pessoas que te amam e que te querem bem a sua volta. E amor é sempre bom, né?
Bem vindo sua vida de 6 anos e muitos amores.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Lá vamos nós.

Amores, acabei de entregar mais um trabalho, graças a vovó que está com você Levi pra mamãe poder trabalhar. Agora, vamos nos arrumar para a festinha de 6 anos na casa do papai, Theo. Estou um pouco tensa, porque as pessoas adultas as vezes fazem uma confusão por nada, sabe? Sei que a namorada do papai tem ciúmes de mim e que o papai fica todo nervoso com isso. Mas sei qual é o meu lugar na vida de cada pessoa e pretendo não entrar e nem ocupar o lugar de ninguém. Vou é colocar meu melhor vestido, minha melhor sandália e ir ao seu encontro com o meu maior e mais sincero sorriso. Acho que levarei uma flores para você se sentir importante. Tão importante quanto é de verdade. Vou arrumar seu irmão e lá vamos nós, com vovó a tiracolo festejar seu aniversário nesse lindo domingo de sol. Acabamos de nos falar ao telefone e você me disse que está demorando muito para os convidados chegarem. Ainda falta uma hora pra o inicio na festa meu amor!
Estamos chegando!

Dois em um.

Texto escrito em 18 de fevereiro de 2010.

Theo, hoje você faz 6 anos. Meu querido, como eu te amo. Apesar de ser nítido a sua implicância comigo, não me importo. Comigo você ainda quer ser um bebê e você ainda faz manhas e testa testa e testa meu amor e seu espaço comigo. Querido, se soubesses o tanto que te amo, o quanto te desejei o quanto que lutei por você. Mas você só terá consciência disso quando ficas adulto, ou não. Você é uma criança brava e muito exigente consigo mesmo aqui em casa. Mas se mostra muito educado e gentil quando sai para passear com outras pessoas.
Aconteceu muita coisa na sua pequena vida de apenas 6 anos, é verdade. Mudamos de casa, de cidade, de família. Você ganhou: um irmão, um padrasto, duas casas, dois quartos, duas babás, vários amigos novos. Não sei como é e foi receber tudo isso aí dentro de você. Fato é que estou atenta e ao seu lado sempre. Sempre!

Meu maior desejo é que você saiba receber as coisas boas que a vida tem pra te oferecer, filho. Geralmente as pessoas não sabem ou não se acham merecedoras. Pois eu digo, que você MERECE tudo tudo de bom que está reservado pra você no seu caminho. Até as coisa não tão boas assim, porque elas faráo de você um ser humano melhor.
Crescer dói, Theo. Dói mesmo. Dói o peito, dói a alma. Mas faz parte e é por isso que estamos aqui nesse mundo, para crescermos.

Conte comigo meu amor. Conte comigo. Lembre-se que nós nos escolhemos. Eu estou aqui. Sempre.

HOJE – 21 DE FEVEREIRO DE 2010.
Bom, estou em pé de novo e batendo pernas por aí. Peguei um trabalho e mais outro e assim vai. Me recuperei e me recupero rápido a cada dia que passa. Vovó ainda está aqui, vai fazer 15 dias e vai embora amanhã. Estou aprendendo a descobrir qual é o meu limite para as coisas, porque as vezes pareço um trator, e olha que já melhorei muito.
Pedi ajuda para alguém muito especial para eu parar de viver uma história que não é minha, que não me pertence e parece que está funcionando. Filhos, vivam as suas próprias histórias, seja ela qual for. Tentem se misturar a outras histórias o menos possível. E sejam vocês o máximo que conseguirem. Não se misturem com os outros também. Geralmente não faz bem.
Queremos mudar dessa casa queridos, que está cheia de infiltrações e é quente demais. Estamos a procura. Penso que um dia poderemos ter a nossa própria casa. Moramos de aluguel. Não sei como fazer para comprar a nossa própria casa, já que trabalho e pago as contas. Não temos nesse momento como guardar, mas se tanta gente consegue, nós também conseguiremos.

Hoje tem festinha para você Theo, na casa do seu pai. Respiro fundo, esqueço tudo de chato que os adultos fazem um com os outros e vou lá, compartilhar da sua felicidade e alegria. Até já.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

As pessoas mudam de idéia.

Filhos, as pessoas mudam de idéias muitas vezes. Mudam seus valores, os cabelos e tudo mais o que quiserem. O problema não é esse. O problema é quando não avisam...Por favor, quando mudarem de idéia, avisem as pessoas. É uma questão de respeito.

Theo no Discovey Kids

http://www.discoverykidsbrasil.com/especial-viva-o-verde/proteger-o-planeta/final.shtml?cuento=4&final=1297

Quem é meu amigo não deve mais aguentar esse vídeo. Mas é que vale tanto a pena.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O inferno somos nós.

Aos poucos, bem aos poucos as coisas vão voltando ao normal. Estou melhorando a cada dia que passa. Minha mãe está ainda aqui nos ajudando. Fazer duas cesáreas em menos de 8 meses não foi brincadeira não. Mas o que importa é que estou aqui, firme e forte. Cheia de planos pra depois do carnaval. Hora de encarar algumas questões que eu não queria ver, hora de fazer e concretizar sonhos.
Hora de ver e saber quais a prioridades da minha vida.
No momento, esse calor está me matando. Meu Deus, que inferno é esse?

Hoje meu peito começa murchar. Ainda dói. Mesmo tomando remédio para secar, ainda tenho e sinto o leite chegando. Bela vaquinha que sou. Mas, penso que Levi está forte, come de tudo e agora vou poder fazer mais uma tatuagem.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Choramos.

Levi quiz dormir comigo. Sentei na poltorna e ele veio para o meu colo. E procurou o peito e tentou arrancar minha blusa a força. Choramos. Ele e eu.

Incomodado.

Os remédios me dão um sono insuportável. Fico lá e cá. Não consigo ainda pegar o Levi no colo. Só quando estou sentada. Vovó está aqui dando a maior força. Não gosto da sensação de estar incomodando, não gosto. Mas, vamos em frente.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Em casa.


Tive alta. Estou em casa. Com um corte igual ao das duas cesáreas mas dessa vez, não veio nenhuma criança junto. Sinto dor. A anestesia passou e gastei quase R$ 300,00 em remédios na farmácia. Preciso ficar quieta. Quero pegar o Levi, mas ainda não consigo. Não gosto de me sentir limitada, mas é isso que eu sou. É isso que nós somos, limitados. Meu peito pinga leite. Um leite que não serve mais para você, meu querido Levi. Que pulou e gritou e sorriu quando me viu chegar. Peguei você no colo e foi logo querendo arrancar a minha blusa pra mamar. Devolvi vc para a vovó. Theo, foi me buscar no hospital com o Isra e com a vovó. Sinto que esses dias serão de adaptação para todos nós. O importante é que voltei e cá estou eu.

Quando saí do hospital, pensei e fiquei vidrada no tempo. Como o mundo não pára. Não pára nunca. A vida continua seu fluxo. Esses dias em que fiquei out, tudo aqui fora continuou acontecendo, só eu não estava presente.

Lembrei no hospital dos lugares que já fui, das cachoeiras que visitei, das viagens, dos meus meninos, e pensei que tudo continua lá no mesmo lugar. O tempo! O tempo se mistura. Parece que o passado, o presente e o futuro acontece ao mesmo tempo. Estranha sensação.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

QUEM TE AMOR, TEM CORAGEM.

Esta tudo bem.

Ainda no hospital, mas bem. Quando meu medico, que é ótimo e um amor de pessoa abriu a barriga da mamãe, encontrou o apêndice enrolado na trompa direita e começando uma relação com as alças intestinais. Ou seja, um verdadeiro caso de amor aqui dentro.

A cirurgia demorou duas horas e meia, ele retirou o apêndice, a trompa direita e desenrolou as alças intestinais. Eu voltei para o quarto de madrugada e estou me sentindo bem. Devo ter alta no sábado, mas amanhã, você Theo, vem me visitar. Já nos falamos no telefone e trocamos várias fotos pelo celular. Vovó passou a noite comigo e agora trocou de posto com o papai Israel. Não vejo a hora de ficar bem poder brincar e ficar com vocês.

O que ainda me dói e tento digerir a cada minuto é o leite que tenho que secar por causa dos antibióticos. Minha mamas estão enfaixadas para não dar mastite. Mesmo assim, estão cheias e o peito esquerdo vaza. Mas Levi está em casa feliz feliz da vida e é só isso que importa pra mim. ( minha mãe a cada 10 minutos manda uma foto pelo celular). Agora, rezo para ele secar até sábado, pra vc não querer esse leite que não te serve mais, meu amor.

Dessa vez, não dei muito vexame no hospital, tipo desmaiar ou vomitar. Foi tudo mais tranqüilo. Inclusive, antes de ir para a sala de cirurgia eu senti e pude até ouvir as orações que chegaram até a mim por tanta, mas tanta gente querida eu meu Deus. Obrigada por tudo meu Deus, obrigada!

Ah, minutos antes da cirurgia eu estava mandando um orçamento para um trabalho em abril.

Até nisso eu sou abençoada.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Se assim é, então tá.

Bom, as hora vão passando e com essas são menos horas no hospital. Todas as enfermeiras, assistentes, nutricionistas que aqui passaram me disseram que amanhã vou para a ala nova. Quero pular o carnaval lá. Já levei umas picadas nos braços, já estou com o caninho para colocar soro e afins. A chuva forte começou e vai pegar meu amor que foi almoçar na padaria. Já rodei todos os canais de TV. Definitivamente perdi o hábito de ver TV. Agora começo a pedir a Deus e à todos os santos e anjos em que acredito que passe tudo logo. Quero voltar para vocês o mais rápido e o melhor possível, meus filhos. Vou pedir ao meu médico pra caprichar na cicatriz. Ainda quero usar biquíni.

A noite darei um pulo em Pandora, Terra de Avatar.

Até lá. Até já!

A ala velha do hospital.

- São 9 horas e 52 minutos do dia 10 de fevereiro de 2010. Acabei de chegar no quarto do hospital. Estou na ala velha do hospital Paulistano e é um horror. Parece um hospício. Tudo velho e caindo aos pedaços. Já liguei para o meu médico que disse que o hospital está lotado, por isso vim parar aqui.

Seu pai, Levi querido está comigo. Ele está sendo meu grande companheiro nessa jornada, nessa caminhada que parece não ter fim. Respiro fundo a cada dificuldade, mas confesso que as vezes me cansa. Respiro aliviada e uma felicidade toma conta da minha alma quando penso em vocês. Vovó me manda fotos pelo celular toda hora de vocês dois, desde que cheguei aqui. Já vi vocês comendo biscoitos, dormindo, fazendo gracinhas. Viva a tecnologia. Viva.

Vocês ficaram e estão muito bem, graças a Deus.

Nesse quarto que estou não pega nem a internet e não sei quando conseguirei postar esse texto. Fiquei e ainda estou puta da vida, principalmente por causa da internet. Espero ir para um quarto melhor quando voltar da cirurgia, porque eu mereço. Porque esse tipo de lugar faz mal para a auto estima de qualquer um. Difícil ficar melhor quando o ambiente em volta está caindo aos pedaços.

Sei que isso é um detalhe, mas em momentos como esse, o mínimo que a gente quer é ser bem tratada e estar num lugar o mínimo agradável possível.

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Já se passou mais de uma hora e agora estou mais calma. Consegui me conectar a internet. Mas o quarto ainda continua caindo aos pedaços.

Tiro tudo isso como um grande aprendizado. Alguma coisa, tenho que aprender com isso. E a fome aperta. Vamos em frente, que o dia será longo. Preciso ser paciente e ter paciência.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Vovó e vovô estão a postos. Chegaram à pouco. Vocês estão eufóricos, gritam por todos os lados. Eu tento terminar alguns roteiros antes de amanhã e arrumar a minha mala.

Eu estava e estou cheia de trabalhos, projetos, orçamentos, promessas. Alguns adiei, outros indiquei colegas, outros tive que desistir por enquanto. Eu pedi e precisava tanto desses trabalhos, pra comprar bisnaguinhas e estrelitas, como eu falo pra você, Theo. E eles chegaram, mas a mamãe está com uma bola de pus no estômago e por isso, tenho que ficar um pouquinho no hospital. Não disse a você que o médico vai abrir a minha barriga, pra não te impressionar.

Você vai ficar aqui, com o vovô, com a vovó, com o Isra e com a Angela. Nesses dia você vai fazer os convites para a sua festa de 6 anos, na semana que vem. Fiz o médico me prometer que estarei em casa no dia do seu aniversário, ele não quis, mas eu tenho fé em Deus e a maior certeza do mundo de que estarei aqui com você, para o seu almoço especial com bolo de sobremesa.

Hoje a noite, pintarei meus cabelos brancos. Porque hospitalizada sim, mas com cabelos brancos, não né?

Não posso esquecer de colocar os chinelos na mala.

Amamentar.

Dói o coração, dói o peito cheio, dói a procura do bebê pelo peito. Dói ter que dar mamadeira enquanto minha blusa encharca de leite. Com os antibióticos que vou ter que tomar, o leite não servirá mais. Vou pedir para o meu médico dar um remédio pra secar o leite. Triste demais isso. Eu que tirei toda a lactose da minha alimentação, eu que parei de comer tudo o que eu mais gostava, eu que não me importei nada nada de acordar todas essas madrugadas para alimenta-lo. Não é justo. Não é junto. Mas o que será justo nessa vida? Estou triste. Por isso!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A saudade.

Sabe, hoje ainda me peguei agradecendo que sou eu quem vai ser internada na quarta feira. Sou eu quem vai ser operada e não meus filhos. Obrigada Senhor. Obrigada. Ao mesmo tempo que chorei pensando na saudade que vou sentir. Principalmente do Levi que nunca ficou um dia sem mim. Não sei quando volto. Espero que logo. Hoje é o último dia da mamada. Estou triste com isso. Porque se tem uma coisa que eu gosto de ser mãe é de dar de mamar. Como eu gosto disso.

Minha mãe está chegando com o meu padrasto para dar uma força da logística da casa enquanto eu estiver fora.

Mas no fundo no fundo me sinto sozinha. Sou eu quem vai pra sala de cirurgia sozinha. E eu sinto tanta, mas tanta dor que só de pensar tenho medo. Sofri muito nas duas vezes em que fui ter meus filhos. Sou daquelas de desmaia, vomita e dá o maior trabalho pra voltar da anestesia.

Estou com medo.

Pensei também que posso vir visita-los em sonho, enquanto dormem. Acho que é só assim que mães e filhos matam as saudades quando estão em tempos diferentes.

Ai Ai! Que caminhos nos leva essa vida!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Bode.

Tem uma historinha que eu adoro: Você acha que a tua vida tá ruim? Então faz o seguinte: Compra um bode e põe ele na tua sala. Ele vai fazer cocô, xixi, comer o teu sofá. Daí você devolve o bode pra quem te vendeu. Vai descobrir que a tua vida é uma MARAVILHA.

Obrigada.

Filhos da minha vida, meus anjos: hoje agradeci por que sou eu quem vai ser operada. Hoje agradeci que o tal abscesso é meu e não de vocês. Porque só quem é mãe vai entender esse pensamento e agradecimento. Hoje agradeci porque vocês ficarão bem com os papais, os avós as babás enquanto eu estiver fora. Não demoro prometo. Levarei uma foto nossa pra matar as minhas saudades.

Theo, seu aniversário de 6 anos é dia 18. Fiz o medico me prometer que estarei em casa nesse dia. Ele não pode prometer, mas eu pedi. De todo jeito, seus presentes já estão aqui te esperando. E rezarei todos os dias para eu estar em casa e cantar parabéns ao seu lado.

Pequeno grande Levi. Te amamentei até quando pude. Eu queria mais. Juro. Queria sentir você comigo, ligado a mim, nas madrugadas sem fim, ainda por um longo tempo. Não deu filho. Se eu pudesse escolher... mas não pude. Pude sim, tirar toda a lactose da minha alimentação pra você ficar bem, pude sim acordar de 2 em 2 horas pra saciar a sua fome. Eu sei você já mamou bastante, já come de tudo, já se delicia com almoços, frutas e leite de soja. Mas eu queria te amamentar mais. Tudo bem, filho. Logo estarei de volta pra ouvir as suas gargalhadas e me deliciar com elas. Até já.

Eu!

Tenho uma coisa na barriga que foi chamada de abscesso - infeccioso, medindo 9,8 cm. Vou retirá-lo em breve. Muito breve, porque isso pode causar uma infecção generalizada e um abraço pra quem fica. Mas ainda tenho muito o que fazer por aqui. Preciso de muitas pessoas e alguns precisam de mim. Tenho muito o que aprender e o que viver.

Estou triste, principalmente porque vou deixar de amamentar o meu bebê. Meu bebê Levi tem só sete meses e eu ainda tenho muito leite. Ele só tem mamado a noite, na hora de dormir, como mais um chamego, complementando e muito a alimentação que vem sendo introduzida a ele.

Hoje passei o dia no hospital e senti saudades. Imagino quando eu for realmente fazer a tal da cirurgia. E eu sinto tanta, mas tanta dor física que nem sei e tenho medo. Sou do tipo que desmaia na volta da anestesia, que chora de dor, sinto dor mesmo, não é frescura,não.

E fico pensando em como a saúde é importante. Principalmente a saúde mental, porque dela contraímos ou não todos os males. Me pego pensando e tentando ver o que fiz comigo. E eu sei bem o que fiz.

Nunca fui uma pessoa de pensar muito não. Mas de sentir. Sempre senti demais e tudo. Coisas boas e nem tão boas. Deve ser por isso que sinto tanta dor física. E andei nos últimos tempos pensando demais.

Coisas que me fizeram sofrer e que eu acredito criou essa bola de pus na minha barriga, o tal do abscesso. Agora vamos ter um trabalhão pra arrumar o estrago produzido pela minha mente. Porque o sofrimento que era só imaginação se concretizou. Então usarei todas as minhas forças, a esperança que tenho em Deus e a confiança que tenho nos médicos para tira-lo daqui e ficar tudo bem.

O que eu tenho pra fazer nesse momento é agradecer. Agradecer pela minha vida e por todas as pessoas que passam por ela.

Agradecer pela vida que tive até agora e que tenho. Pelas coisas que vivi e ainda vou viver. Pela minha alegria, pela minha fé, pelos meus amores e principalmente pelos meus dois anjos. Meus dois amores, meus dois anjos do amor, como eu gosto de dizer.

Obrigada meus filhos por terem me escolhido como mãe. Obrigada. Obrigada ISRA, por ter me permitido ama-lo. Vocês com certeza possuem a minha melhor parte. E sou imensamente feliz acordando antes da 7 pra preparar o café com vocês. Agora sinto que de verdade estamos formando uma família unida e forte.

Obrigada Emilio pelos quase 10 anos de aprendizado juntos.

Obrigada mãe por estar sempre a postos. Obrigada Helena Martins por me mostrar o amor e Geruza por me mostrar o caminho. Obrigada a todas as pessoas que estão ou que estiveram na minha vida. Daí as vezes me pergunto se mereço isso. Não sei a resposta, o que sei é que quero agradecer por quem eu sou.

Como só abri meu corpo para ter meus dois filhos, meus dois amores, estou com medo. Mas tudo vai ficar bem. Eu sei.

Até a volta.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Agradecimento

Agradeço a Deus pela minha vida, pelos meus amores. Por tudo o que tenho e o que ainda terei. Até já!