Tive alta. Estou em casa. Com um corte igual ao das duas cesáreas mas dessa vez, não veio nenhuma criança junto. Sinto dor. A anestesia passou e gastei quase R$ 300,00 em remédios na farmácia. Preciso ficar quieta. Quero pegar o Levi, mas ainda não consigo. Não gosto de me sentir limitada, mas é isso que eu sou. É isso que nós somos, limitados. Meu peito pinga leite. Um leite que não serve mais para você, meu querido Levi. Que pulou e gritou e sorriu quando me viu chegar. Peguei você no colo e foi logo querendo arrancar a minha blusa pra mamar. Devolvi vc para a vovó. Theo, foi me buscar no hospital com o Isra e com a vovó. Sinto que esses dias serão de adaptação para todos nós. O importante é que voltei e cá estou eu.
Quando saí do hospital, pensei e fiquei vidrada no tempo. Como o mundo não pára. Não pára nunca. A vida continua seu fluxo. Esses dias em que fiquei out, tudo aqui fora continuou acontecendo, só eu não estava presente.
Lembrei no hospital dos lugares que já fui, das cachoeiras que visitei, das viagens, dos meus meninos, e pensei que tudo continua lá no mesmo lugar. O tempo! O tempo se mistura. Parece que o passado, o presente e o futuro acontece ao mesmo tempo. Estranha sensação.
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